Breakpoints

Um breakpoint nada mais é que um ponto do código onde o debugger vai parar para que você analise o que precisa. É o mesmo conceito dos breakpoints presentes nos IDE's como Visual Studio, NetBeans, CodeBlocks, etc. A diferença é que nestas IDE's colocamos breakpoints em determinadas linhas do código-fonte. Já nos debuggers destinados à engenharia reversa, colocamos breakpoints em endereços (VA's), onde há instruções.

Seu Primeiro Breakpoint

Há várias maneiras de se colocar um breakpoint em um endereço utilizando o x64dbg. Você pode selecionar a instrução e pressionar F2, usar um dos comandos SetBPX/bp/bpx ou simplesmente clicar na pequena bolinha cinza à esquerda do endereço. Ao fazê-lo, este ficará com um fundo vermelho, como sugere a imagem:

Um segundo clique desabilita o breakpoint, mas não o exclui da aba Breakpoints (Alt+B). O terceiro clique de fato o deleta.

Após colocar o breakpoint nesta CALL, rode o programa (F9). O que acontece? O debugger executa todas as instruções anteriores a este breakpoint e pára onde você pediu. Simples assim.

Como Breakpoints são Implementados

Talvez você tenha notado que ao atingir um breakpoint, o x64dbg denuncia na barra de status: INT3 breakpoint at analyseme-00.00401007 (00401007)!. Este é um tipo de breakpoint de software. Existem ainda os de memória e de hardware, mas não trataremos neste curso básico.

A instrução INT é uma instrução Assembly que gera uma interrupção. A interrupção número 3 é chamada de Breakpoint Exception (#BP) no manual da Intel. Seu opcode (0xcc) tem somente um byte, o que facilita para que os debuggers implementem-na.

De forma resumida, para parar nesta CALL, o que o x64dbg faz é:

  1. Substituir o primeiro byte do opcode da CALL (0xff, neste caso) por 0xcc e salvar o original numa memória.

  2. Executar o programa.

  3. Restaurar o primeiro byte do opcode da CALL, substituindo o 0xcc por 0xff (neste caso).

Isso poderia ser feito manualmente, mas os debuggers facilitam o trabalho, bastando você pressionar F2 ou clicar na bolinha para que todo este trabalho seja executado em segundo plano, sem que o usuário perceba. Incrível, não é?

Você pode adicionar quantos breakpoints de software quiser numa sessão de debugging. Todos ficam salvos na aba Breakpoints, a não ser que você os exclua. Veja a imagem abaixo:

Você também pode assistir a aula do CERO, que trata sobre este assunto.

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